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  • Foto do escritorJuliana Melo

PARA OS PAIS: MELHORANDO A ATENÇÃO E CONCENTRAÇÃO DAS CRIANÇAS


Para realizar a maioria das tarefas, precisamos nos concentrar e manter a atenção por algum tempo, mesmo que aquela tarefa já tenha se tornado algo automático no nosso cotidiano. Por isso, é importante lembrar que a concentração é um requisito básico para toda nova aprendizagem.

Para uma criança não é diferente! Ela não apenas precisa ser capaz de se concentrar em tarefas, mas também precisa desenvolver consciência corporal e autocontrole para manter-se no mesmo lugar, tempo suficiente para ouvir, absorver as instruções e processar seu aprendizado.

A maioria das crianças, de vez em quando, vai experimentar algumas situações de dificuldade para manter a concentração ou o foco. Isto é particularmente verdadeiro quando elas estão cansadas, sobrecarregadas ou expostas à excesso de estímulos.

Ao observar um grupo de crianças, podemos perceber rapidamente que algumas tem maior habilidade em manter a atenção e a concentração, porém outras distraem-se facilmente, perdem o foco com frequência e tem dificuldade em cumprir uma tarefa ou terminar uma atividade.

No segundo caso, há algumas formas de estimulação que os pais podem fazer em casa e que tem impactos positivos sobre os níveis de concentração infantil. Como qualquer outra habilidade, a concentração pode ser estimulada e ampliada quando há regularidade e determinação.

Aqui estão algumas ideias que você pode usar para ajudar as crianças a se concentrarem melhor:

1 – Atender às suas necessidades fisiológicas: A maioria das crianças e adolescentes concentram-se melhor depois de nove horas de sono, por isso garanta que eles seus filhos tenham um período de sono adequado e reparador. Não esqueça de incluir exercícios físicos e liberação de energia corporal periodicamente para as crianças (esportes, brincadeiras ao ar livre).

2 – Elimine as distrações em casa: O excesso de estímulos visuais e sonoros é inimigo da concentração infantil. Desligue a TV, eletrônicos, organize os brinquedos e materiais escolares e mantenha o ambiente livre de bagunça. Se necessário, feche as janelas no período de estudo e mantenha animais de estimação longe por um tempo. Ajude seu filho a identificar qual é o foco de atenção e retire do ambiente aquilo que possa atrapalhar seu nível de concentração. Você também pode solicitar que seu filho sente na mesa, de frente para a parede. O ideal é que a cadeira que o seu filho for sentar seja adequada ao tamanho dele, pois ele deverá sentar e apoiar os dois pés ao chão. Quando sentam e ficam com as pernas balançando, prejudica sua motricidade e a aprendizagem se compromete. Se não houver uma mesa menor, coloque algum apoio para que ele coloque os pés.

3 – Criar um clima favorável para a concentração: ás vezes uma música clássica ou uma leitura agradável antes do período de maior exigência mental pode contribuir. Além disso, determine um local da casa adequado para estudos e tarefas, tornando uma referência para a concentração.

4 – Sugira e inclua atividades de sequência e organização: esse tipo de atividade estimula o cérebro a criar estratégias para manter uma linha de raciocínio e fortalece a concentração. Alguns exemplos são: Arrumar a mesa para o almoço, colocar objetos em ordem alfabética, separar brinquedos seguindo critérios específicos (por cor, por tamanho…). Inclusive jogos de tabuleiro ou de cartas promovem e estimulam a concentração infantil, além de fortalecer o vínculo familiar e desenvolver habilidades sociais.

5- Observar e descobrir em quais atividades seu filho se concentra melhor: Algumas crianças se saem bem quando estão envolvidas em atividades práticas, concretas, enquanto outras se concentram melhor quando há recursos visuais para ajudá-los. Procure atividades que seu filho demonstre maior interesse para começar e vá direcionando para aquelas que são mais complexas para ele.

6 – Defina seus objetivos de forma periódica: Lembrem aos seus filhos quais são suas tarefas e obrigações. Até que esses objetivos fiquem fixados e as crianças já não esqueçam o que têm que fazer os pais podem fazer listas de metas e deixá-las escritas e/ou ilustradas em um ambiente da casa que seja muito frequentado por todos.

7 – Detecte seus momentos de maior concentração: se você acredita que o seu filho pode estar mais concentrado pela manhã tente que seja essa mesma margem de tempo quando realiza as tarefas que requeiram mais atenção deixando para depois as menos difíceis.

8 – Respeite seus descansos: os especialistas dizem que o cérebro humano não pode manter a atenção por um período de tempo muito longo. Depois de 15 minutos a atenção diminui. Para poder recuperar a atenção é importante fazer descansos breves, que permitam às crianças retomarem a tarefa quando estiverem mais tranquilos. Ou seja, faz uma tarefa mais complexa, descansa o cérebro com uma pintura, desenho, ou outra atividade que faça o seu filho se sentir bem e relaxado, pois a partir do prazer a da satisfação a criança cria sinapses para a aprendizagem.

9 – Evite qualquer distração: se tiver que fazer deveres em casa não deixe a televisão ligada, nem o celular na sua mesa ou brinquedos ao seu redor. A criança deve trabalhar em um ambiente o mais asséptico possível e livre de elementos que a distraia.

10 – Dieta equilibrada: ter uma boa alimentação é básico para enfrentar o dia com energia, mas existem alimentos que potencializam a capacidade de concentração, sobretudo os que são ricos em fósforo, ácidos graxos, ômega 3, cálcio ou outros minerais que ajudam a controlar o estresse e promovem a atenção.

11 – Motive-o e incentive-o: pode ser uma promessa de um presente, mas podemos dar-lhe pequenos prêmios como uma tarde no cinema ou saída em família ao parque de diversões caso tenha conseguido estar atento às suas tarefas e as tenha feito corretamente. Além disso, é muito importante que os pais e educadores os motivem positivamente ao invés de repreendê-los. Funcionam melhor com frases como ‘você vai conseguir fazer’, ‘eu confio em você’ ou ‘eu estou segura de que você irá conseguir’, além de evitar compará-los com outras crianças, sejam elas conhecidos, vizinhos, primos, amigos ou irmãos, pois a comparação é representada pelo cérebro com negatividade.


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