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  • Foto do escritorJuliana Melo

ESTRATÉGIAS PARA A ELABORAÇÃO DE ATIVIDADES E AVALIATIVAS PARA ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS


Nós, professores, temos um diferencial: somos profissionais que reconhecem as particularidades de cada aluno e tentamos possibilitar a todos, um olhar inclusivo, oferecendo a oportunidade de avançarem a partir de intervenções pensadas de maneira singular. Por isso, durante as atividades e avaliativas diferenciadas é necessário:

- Parceria professor – aluno: solicitar que o aprendiz sempre sente na primeira fileira próximo ao professor;

- Tarefas e avaliativas individuais para os alunos com diagnóstico: fragmentar as tarefas em partes menores, passo a passo sequencialmente. Permitir mais tempo para fazer. É importante concluir uma questão antes de ir para outra;

- Usar modelos visuais sempre que possível;

- Preparar uma antecipação: uma”pré-visualização” do aprendizado antes do tempo, para dar um quadro mental do que está sendo apresentado. Muitas das crianças têm dificuldade em classificar a informação relevante do irrelevante. Isso destaca as áreas de importância para ajudar a direcionar a sua atenção e dá-lhes um quadro de referência para organizar a informação;

- Permitir que a criança use a sua forma preferida de comunicar o que sabe: essa dica pode ser executada com aquelas crianças que apresentam uma maior desenvoltura oral e pouco desenvolvimento escrito, como é o caso das que apresentam Dislexia. Permitir que elas respondam a tarefa ou realize provas orais facilita o seu processo de aprendizagem;

- Tempo para processar: como o processamento tem atraso é importante dar à criança pelo menos 10-20 segundos para responder cada pergunta (ainda mais para algumas crianças);

- Se necessário, acompanhar a prova com o aluno, questão por questão, lendo, explicando e mostrando exemplos (sejam eles já presentes na própria atividade ou ainda a explicação em minúcias do próprio professor, na hora que a dúvida surgir);

- Permitir a criança manter seu próprio ritmo e performance;

- Reduzir palavras: usar frases curtas e frases com apenas o ponto principal. Muitas das crianças têm problemas de processamento auditivo. Quanto maior o tempo com frases e muitas palavras usadas, maiores as hipóteses da informação ficar confusa e perdida.

Com relação à leitura das questões:

- Evitar fazer o aluno ler em voz alta. Se o aluno estiver com dificuldades para ler no momento da avaliativa, leia para ele. Quando o aluno der uma resposta confusa oral ou por escrito, buscar sempre o esclarecimento junto a ele. Investigar o que o aluno quis dizer e o que de fato ele compreendeu do conteúdo solicitado. Esta resposta oral pode ser considerada e se for necessário pode-se até buscar testemunhas que atestem esta compreensão. Estas testemunhas podem ser outros professores, alunos ou funcionários da escola.

- Alguns alunos com necessidades educacionais especiais apresentam dificuldades na decodificação, portanto dificuldade na leitura. Caso o professor realize a leitura das questões ele terá uma compreensão mais rápida e adequada. O aluno terá que se preocupar apenas em lembrar-se da resposta e organizar a escrita da mesma. O que para ele não é pouco. Se esta leitura não for realizada pelo professor, ele terá que fazê-lo por si só e provavelmente repetidas vezes, correndo o risco ainda de cometer erros e desta forma, fazer uma compreensão equivocada o que levaria a uma resposta também equivocada.

- Sempre valorizar as respostas orais e escritas, apontando os prováveis erros de maneira sutil, como mecanismo que melhoria e não como erro. Provavelmente eles já têm gravado em suas mentes mais insucessos do que sucessos. Então, precisamos valorizar os pequenos acertos, mostrando assim que ele deve persistir.

- Quanto ao tempo, percebe-se um processamento de informações mais lento para compreender o que foi pedido e para registrar respostas, logo é mais lento em provas. Por isso é essencial que seja oferecido mais tempo para realizar as provas e tarefas, conseguindo assim um registro mais fiel ou mais próximo do conhecimento adquirido.

- Uma atividade que sempre funciona é a prova oral. Às vezes a dificuldade para se expressar por escrito é tão grande que a melhor opção, tanto para o professor como para o aluno, é a realização da prova oral. Desta forma o aluno se sai melhor e consegue passar mais detalhes sobre a pergunta realizada. A prova pode ser finalizada em outra sala e até mesmo em outro dia, sem prejuízo para a avaliação. Mas vale lembrar que se o profissional optar por essa opção é necessário entrar em acordo com a coordenação e com a família antecipadamente.

- Na matemática pense na possibilidade do uso de tabuada, calculadora e fórmulas escritas. O que o aluno deve ter preservada é a capacidade de raciocínio matemático. Se assim for, poderá utilizar os recursos citados, pois caso não tenha preservada esta habilidade não servirão para nada os recursos oferecidos, pois o aluno não saberá como utilizá-los.

Atenciosamente,

Profa. Juliana.


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