É um assunto muito importante e delicado para a família.
Identificar a deficiência intelectual não depende de exames (eletro, tomografia, ressonância). Esses exames não fazem diagnóstico de deficiência intelectual. O mais importante nesses casos é a observação clínica, comportamental e escolar da criança.
Observar as suas dificuldades, o seu comportamento muitas vezes dificultoso no meio de outras crianças, por apresentarem uma imaturidade muito grande.
São crianças que demoram muito mais pra aprender a ler , escrever, em casa acabam sendo muito dependentes dos seus pais, inclusive quando comparados com seus irmãos mais novos. Isso costuma chamar muito a atenção dos pais que acabam procurando neurologistas.
Saber identificar os sinais clínicos, saber correlacionar isso com o comportamento e observação do rendimento e da aprendizagem da criança na escola são os elementos principais para que a gente possa suspeitar de deficiência intelectual.
E pra fechar o diagnóstico? Também não dependemos de exames.
Mas é necessário a aplicação de testes neuropsicológicos, testes fonoaudiológicos e a adoção de testes psicométricos, que vão medir o Q.I. da criança a nível verbal, executivo e total. Isso faz com que a gente tenha a condição de fechar o dignóstico e de definir a partir daí qual é a estratégia em casa e na escola.
No tratamento é muito importante a abordagem comportamental, o suporte no desenvolvimento naquilo que ta atrasado, o uso de medicações pra determinadas comorbidades e também a estruturação e adaptação curricular na escola.
