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  • Foto do escritorJuliana Melo

AS PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES DA NEUROPSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM PARA INTERVIR NA INCLUSÃO DE CRIANÇAS


Mello (2007) conceitua o autismo como um distúrbio do desenvolvimento que se caracteriza por alterações presentes antes dos três anos de idade, com impacto múltiplo e variável em áreas nobres do desenvolvimento humano como as áreas de comunicação, interação social, aprendizado e capacidade de adaptação.

Em 1906, Plouller introduziu o autismo na área psiquiátrica. De modo geral, é definida como uma “fuga da realidade” onde o indivíduo demonstra desinteresse pelo convívio social, distúrbios do desenvolvimento e déficit imaginativo, social e de comunicação.

Nos dias atuais resume-se o autismo em quatro sistemas constituintes: linguagem, funções executivas, acompanhamento visual de objetos e inteligência social. Desse modo, sintomas desses sistemas constituintes devem ser observados para que os profissionais da área de saúde e educação possam intervir de maneira eficaz para o desenvolvimento da criança.

As causas do autismo são desconhecidas. Acredita-se que a origem do autismo esteja em anormalidades em alguma parte do cérebro ainda não definida de forma conclusiva e, provavelmente, de origem genética. Além disso, admite-se que possa ser causado por problemas relacionados a fatos ocorridos durante a gestação ou no momento do parto.

É importante que intervenções aconteçam em todos os espaços frequentados pelo individuo. Na escola, é necessário que os professores tomem alguns cuidados como: verificar se o aluno esta acompanhando o assunto da aula; colocá-lo sentado o mais próximo possível do professor; seja requisitado como ajudante do professor algumas vezes; utilizar agendas, calendários, fichas de acompanhamento; ser estimulado a trabalhar em grupo e respeitar os desejos e a vez do outro; seja elogiado sempre que realizar bem uma tarefa, entre outros.

Além da escola o papel da família é de total importância para os avanços da criança. Nos Eua, o Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade da Carolina do Norte desenvolveu o OTEACCH (Tratamento e Educação para Crianças com Autismo e com Distúrbios Correlatos da Comunicação) e, atualmente é muito utilizado em várias partes do mundo. A ABA (Análise Aplicada a Comportamento) também é um tratamento comportamental para autistas que tem como objetivo ensinar às crianças as habilidades que elas ainda não possuem. O PECS (Sistema de comunicação através de figuras) foi desenvolvido para ajudar crianças e adultos com autismo e com outros distúrbios de desenvolvimento a adquirir habilidades de comunicação. O sistema é utilizado primeiramente com indivíduos que não se comunicam ou que possuem comunicação mas a utilizam com baixa eficiência.

Além dessas pesquisas e tratamentos já existentes em todo o mundo, existem diversas outras formas como os tratamentos psicoterapêuticos, fonoaudiólogos, equoterapia, musicoterapia e outros, que não têm uma linha formal que os caracterize no tratamento do autismo, e que por outro lado dependem diretamente da visão, dos objetivos e do bom senso de cada profissional que os aplica.

Devem ser integrados o sistema de FC (comunicação facilitada), o uso de computadores para realizar diversas formas de aprendizagem, a AIT (integração auditiva), o SI (integração sensorial) e o “Relation Play” ou movimentos Sherborne que é um método que vem sendo aplicado em alguns países, principalmente na Europa, tanto por fisioterapeutas como por professores de educação física.

Por fim, diante de tantos estudos e teorias para o auxílio dessas crianças, os profissionais e familiares também podem adaptar ou aperfeiçoar esses métodos diante das restrições da criança, sempre pensando no seu desenvolvimento social e cognitivo, pois os dois elementos devem andar de mãos dadas.


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