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  • Foto do escritorJuliana Melo

AS PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES DA NEUROPSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM PARA INTERVIR NA INCLUSÃO DE CRIANÇAS


Zanotto (2014) conceitua neuropsicologia como o estudo dos mecanismos neurais que nos orienta sobre o comportamento humano. Sabemos que a neuropsicologia tem ramificações que alcançam muitas outras facetas do conhecimento além das que envolvem questões do desenvolvimento da criança e sua competência escolar.

Por volta de 1980, os transtornos da aprendizagem passaram a se destacar no âmbito das discussões que envolviam o aprender e o desenvolvimento cognitivo. A partir de estudos no campo da neuropsicologia, foi possível investigar e trabalhar essas questões, promovendo, a partir das novas tecnologias, maiores informações e busca de desenvolvimento para as crianças.

Andrade (2014) aborda algumas maneiras e técnicas para uma reabilitação neuropsicológica dentro do modelo de Remediação Cognitiva (RC) que apresenta como pressuposto o uso da metacognição.

Traz que a aprendizagem deve ser um processo construtivo e reflexivo, e não passivo. Para uma aprendizagem sem erros é necessário que o educador seja diretivo nos seus comandos, dando instruções explícitas e, possibilitando assim, uma boa compreensão por parte do aluno; fazer o manejo da velocidade com que o sujeito realiza as etapas da tarefa, a fim de evitar o uso do tempo de forma inadequada; e garantir o uso de estratégias, ensinando as etapas do processo e evitando a execução de forma aleatória, desorganizada e sem planejamento, uma vez que esse padrão de resposta aumenta a chance de erro e desperdício de tempo.

Desse modo, a neuropsicologia traz estratégias para melhorar a aprendizagem das crianças com necessidades educativas especiais, ajudando tanto o aprender como o ensinar, orientando os profissionais para que o desenvolvimento do indivíduo seja satisfatório a partir da verbalização, do ensaio, do uso de imagens, do resumo da informação, da categorização, do desmembramento em pequemos passos, da organização e da checagem. Com isso, as funções cognitivas como a atenção, a percepção, memória, a linguagem e as habilidades motoras poderão avançar.

Não podemos deixar de mencionar que o aprofundamento da neuropsicologia foi e é um ganho muito relevante para os profissionais na área da educação pois assim, educadores passaram a compreender todos os aspectos das atividades cerebrais e o que interfere no aprendizado.

Atualmente no Brasil, projetos como o NeuroEduca amplia o conhecimento dos profissionais para ajudar essas crianças a se desenvolverem de maneira eficaz através da música, pintura, jogos pedagógicos entre outros, elucidando ainda mais a aprendizagem.

Por fim, a neuropsicologia busca a inclusão desses indivíduos dentro de uma sociedade, promovendo estratégias que facilitem a autonomia e a independência do sujeito, sem que haja mudanças de identidade para a sua aceitação.

REFERÊNCIAS

ANDRADE Silviane. Remediação Cognitiva, Neuropsicologia Teoria e Prática. 2ª Ed., Porto Alegre, Art Med, 2014.

ZANOTTO, Luciana. Neuropsicologia no Brasil. Neuropsicologia teoria e prática. 2ª Ed. Porto Alegre, Art Med, 2014.


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